sexta-feira, 3 de julho de 2009

Chamada para Tóquio...

O momento alto do dia de hoje foi a realização de uma videoconferência entre o JR e duas escolas secundárias japonesas (Sasebo-nishi e Kan-onji Daiichi).

Os nossos colegas Taguchi-san e Kawamura-san fartaram-se de trabalhar, ao longo dos últimos dias, para preparar uma aula sobre tectónica de placas, fontes hidrotermais e «black smokers», e ainda foraminíferos... tendo como base o trabalho desenvolvido a bordo do The JR.

Tudo correu muito bem e no fim todos festejámos o facto de ser a primeira vez que foi feita uma videoconferência para o Japão a partir do The JR e também para duas escolas em simultâneo (com perguntas feitas pelos alunos e respostas dadas pelos membros da «School of Rock»).

Para além dos professores japoneses, os outros participantes na videoconferência foram a directora da «School of Rock», Leslie Peart, a instrutora Katie Inderbitzen (com a sua bela fatiota) e os Rockers europeus... Esta actividade permitiu também ilustrar o carácter internacional de um projecto como o IODP e das expedições cientifícas realizadas a bordo do The JR.

Foi uma honra e um privilégio ter sido convidado para partilhar a minha experiência a bordo do The JR com os alunos dos nossos colegas japoneses.

Domo arigato!!!

Homework e bitoques...

Olá a todos!!! Antes de termos embarcado no JR a Deep Earth Academy solicitou ao Rockers a realização de alguns trabalhos de casa... Uma das várias tarefas que nos pediram para fazer consistiu na preparação de uma apresentação com uma duração de cerca de 10 minutos sobre a geologia da região em que se localizam as nossas escolas. Temos vindo a partilhar essas apresentações intercaladas com as aulas e actividades propostas pelos nossos instrutores.

É incrível observar a geodiversidade dos Estados Unidos, do Japão, de França e claro do nosso Portugal. Todos os meus colegas ficaram fascinados com o facto de termos um país tão pequeno e com tanta diversidade geológica. Nem queriam acreditar como é possível termos no Algarve (ao longa da Serra, do Barrocal e do Litoral) cerca de 400 M.a. de história para exploramos nas nossas saídas de campo.


Todos gostaram muito de todas as fotografias que lhes mostrei, mas a que gerou mais «wows» foi sem dúvida a imagem da discordância angular, entre os xistos e grauvaques do Carbónico/Carbonífero e os arenitos do Triássico, localizada na Ponta do Telheiro.

Quem também gostou muito de ver as fotografia do nosso país foi o chefe da cozinha que, como já vos tinha dito, é português... para me ajudar a matar as saudades de casa hoje preparou-me um belo bitoque! Posso garantir-vos que estava uma maravillha...